Segundo pesquisa divulgada pelo Financial Times, os aplicativos de mensagens instantâneas como o Whatsapp e o iMessage da Apple ultrapassaram o SMS na preferência do usuário em 2012. A queda do uso do SMS (mensagem de texto) refletiram na perda de receita por parte das operadoras.
Uma analista da Informa, Pamela Clark-Dickson, cita países como Espanha, Holanda e Coreia do Sul como mercados atingidos. A receita com mensagens de texto caiu de 1,1 bilhão de euros em 2007 para 758,5 milhão de euros em 2011, enquanto a quantidade de SMS baixou de 9,5 bilhões para 7,4 bilhões no mesmo período.
Apesar da popularização desses serviços, isso não significa que o SMS está morrendo, apenas seu crescimento é que foi retardado pelos novos aplicativos. Mas a economia é um fator bem levado em conta: quem envia mensagens por serviços terceirizados troca recados com mais frequência, já que o valor gasto costuma ser muito menor (ou praticamente inexistente, quando o app é baixado de graça).
Como a popularização dos smartphones ainda não é definitiva, entretanto, o SMS segue como um recurso de emergência (quando não há sinal de internet) ou caso o destinatário não possua o aplicativo em questão instalado. Ainda assim, no auge de seus 20 anos de idade, o serviço de “torpedos” já demonstra sinais de cansaço.
Os dados coletados durante 2012 mostram que cerca de 19 bilhões de recados via aplicativos foram enviados no ano, contra 17,6 bilhões de SMS – isso sem levar em conta gigantes como o chat do Facebook ou do TenCent, serviço quase unânime na China. A perspectiva é que a diferença cresça em dois anos, quando 50 bilhões de mensagens via WhatsApp e derivados devem ser contabilizadas.
“Acredito que acabar com a mensagem de texto será inevitável, à medida que as pessoas aderem a planos de dados (móveis)”, avalia Ted Livingson, executivo-chefe da Kik. O CEO da companhia, que levantou US$ 19,5 milhões em investimentos, explica que se a qualidade dos serviços é a mesma, é provável que o usuário opte pela gratuidade.