A Universidade de Oxford, uma das mais importantes instituições de ensino do Reino Unido, foi notícia por algo digno de comemoração. Pela primeira vez em quase um milênio, a instituição aceita mais mulheres do que homens. São 1.070 mulheres contra 1.025 homens admitidos. As primeiras mulheres começaram a ser aceitas no século XIX, em 1920 elas foram autorizadas a receber seus diplomas, mas até 1974 ainda existiam cursos apenas masculinos.
A presença de mais mulheres nas universidades é um grande avanço e uma tendência mundial de acordo com pesquisa do Higher Education Policy Institute (HIPE), da Grã-Bretanha. Se essa tendência continuar, uma menina nascida em 2016 tem 75% mais probabilidade de entrar em um curso superior do que um menino.
A pesquisa aponta que a probabilidade de ir para a universidade é baseada no desempenho no ensino fundamental e médio, sendo que as meninas têm ido melhor em ambos. Em 2016, existiam quase 300 mil mulheres a mais na universidade do que homens.
Uma das teorias desenvolvidas pela pesquisa é que as mulheres são mais beneficiadas ao fazer um curso superior. A diferença de remuneração entre mulheres graduadas e não-graduadas é muito maior do que quando se compara a remuneração entre homens graduados e não-graduados.
No Brasil, dados da última edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do IBGE mostram que 18,8% das mulheres economicamente ativas já completaram ao menos um curso superior. Entre os homens, este número cai para 11%. Elas ganham dos homens também entre os brasileiros com ensino médio completo: 39,1% contra 33,5%.
Entre os candidatos aprovados em 2016 no Sisu, 57% eram mulheres. Entretanto, por mais que o desempenho das mulheres brasileiras nos estudos seja superior ao dos homens, a remuneração média deles no mercado de trabalho continua sendo maior, e essa diferença se alarga conforme o tempo dentro das instituições de ensino. As mulheres com cinco a oito anos de estudo recebem por hora 24% a menos que os homens com mesma escolaridade. Para 12 anos de estudo ou mais, essa diferença entre gêneros atinge 34%.
Pouco a pouco, porém com muito debate, conscientização e reinvidicações, mulheres estão conquistando seus direitos. Sabemos que as mulheres conquistaram muito, mas ainda têm muito mais a alcançar. Siga o blog da WK3 Agência de Marketing e Publicidade e fique por dentro das notícias e saiba mais sobre notícias e curiosidades.