Depois da histórica derrota do Brasil para a Alemanha, o humor do brasileiro em relação à Copa do Mundo mudou radicalmente. Sensíveis à decepção da torcida, as marcas também modificaram o discurso, adotando um tom mais sóbrio nas campanhas. Tudo para evitar que algum desgaste possa decorrer em função da não ida da Seleção nacional às finais do torneio.
Após o placar histórico e vexatório de 7 a 1 contra a Alemanha, as marcas trocaram a agressividade nas redes sociais – com posts e vídeos produzidos em tempo real – por uma postura bem mais conservadora.
Foi o que fez a Coca-Cola, que tem uma equipe inteira dedicada ao marketing em tempo real, mas só publicou a imagem de um canudo representando o nó na garganta do torcedor brasileiro – que não vai poder comemorar a conquista do hexa em casa – mais de três horas após o fim da partida.
Divulgação/Coca-Cola Brasil
Outras marcas que “torciam junto” com o brasileiro tiveram que mudar o tom. A Sadia lançou a campanha #JogaPraMim na qual trazia um filme em que crianças diziam suas idades e que nunca tinham visto o Brasil ser campeão de uma Copa. Como a internet não perdoa, montagens variadas foram feitas ridicularizando a proposta.
A empresa acabou trocando o #JogaPraMim por outra, o #TamoJuntinho, com mensagens de esperança para o futuro.
Já o Itaú que havia emplacado um dos melhores comerciais relacionados à Copa, com pessoas reais interpretando a trilha do banco, teve que retirar a campanha do ar, o que não evitou o surgimento de várias outras versões parodiando o anúncio.
A derrota do Brasil serve, nesse momento para que as marcas começassem a se despedir do evento, evitando a “ressaca” do assunto, uma vez que, independentemente da não ida à final no Maracanã, o resultado da Copa para as empresas que patrocinaram o evento ou a Seleção foi positivo e a maioria delas conseguiu cumprir suas metas e firmar o nome da cabeça dos consumidores.