No próximo domingo, São Paulo elegerá seu novo prefeito. Devido à sua ampla acessibilidade, agilidade e baixo custo, a internet vem sem tornando um divisor de águas nas campanhas eleitorais.
O Tribunal Superior Eleitoral liberou a campanha na internet em websites e redes sociais, desde que não sejam elaboradas campanhas pagas. No Brasil, existem 82,4 mil internautas, segundo o Ibope Nielsen Online. 43,3% da população está presente na rede, corre atrás da notícia e está sempre conectado.
Não há mais dúvidas de que a internet influencia mundialmente as tomadas de decisões, visto que favorece a liberdade de opinião e expressão. Nestas eleições, candidatos valeram-se da criação de websites e perfis nas redes sociais, aprimorando o relacionamento entre político e eleitor.
A campanha de José Serra, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, criou no seu website oficial, um aplicativo para Facebook chamado “Angry Haddad”, associado ao candidato do PT, Fernando Haddad. O aplicativo muito famoso no qual a campanha política de Serra se baseou, chama-se “Angry Birds”, no qual o jogador arremessa pássaros nos alvos estabelecidos para obter pontuação. Na sátira de Serra, os passarinhos possuem traços que lembram o próprio Haddad, Maluf e José Dirceu e os alvos das bombas é a cidade de São Paulo.
Os personagens são disparados de um canhão contra uma unidade da AMA (Assistência Médica Ambulatorial), contra uma estação do Metrô, contra uma escola técnica e contra uma unidade de atendimento da Rede Lucy Montoro –todos os alvos são bandeiras da campanha de Serra na disputa eleitoral. Ao final da partida, o aplicativo exibe um texto contra o candidato petista.
A Justiça Eleitoral de acordo com as regras das campanhas eleitorais, determinou a retirada do ar do jogo “Angry Haddad” e solicitou ao Facebook os dados cadastrais do criador do jogo, pois para acessá-lo é necessário conectar por meio da rede social.